sábado, 11 de outubro de 2008

A Belém do pentecostes na época da berlinda

Neste domingo se realiza mais uma vez, infelizmente, o círio de Nazaré, oremos por Belém

Belém, uma das cidades mais antigas da Amazônia, possui um relato interessante: certa vez um caboclo da região descobriu uma imagem à beira de um igarapé, que hoje corresponde à área da Basílica de Nazaré. Segundo os relatos, Plácido, o caboclo, levara a imagem para sua casa, porém esta desapareceu, voltando ao seu lugar de origem. Este relato serviu como base para a realização da maior festa católica-cristã do planeta: conhecido como o Círio de Nazaré.

Todavia, a mesma Belém, cidade das mangueiras e do círio, também ficou, em tempos recentes, cada vez mais sendo marcada por outro movimento religiosos, bastante distinto na época, onde o Brasil era predominantemente católico. Tal movimento é conhecido como Movimento Pentecostal ou simplesmente pentecostalismo. No início do século XX, dois missionários oriundos da Igreja Batista Sueca, Daniel Berg e Gunnar Vingreen, desembarcaram na terra paraense. Ambos foram os fundadores da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, que hoje conta com mais de oito milhões de membros em todo o Brasil, sendo a maior igreja evangélica do país. Belém se tornou o berço da doutrina pentecostal evangélica.

Em uma época como essa, vários evangélicos ficam retraídos e praticamente são excluídos quando o assunto é mídia. O que eles pensam sobre esta época, como vêem a celebração? nossa reportagem busca esclarecer esta questão e entrevistou jovens evangélicos da assembléia de Deus, da congregação Templo-central, que se situa a apenas um quarteirão da basílica, para falar sobre o tema.

Para Glenda Ribeiro, funcionária pública e bacharel em direito pela Universidade da Amazônia, o governo erra em dar tanto apoio para o círio. " O estado dá demasiado apoio ao círio por vê-lo como uma festa tanto cultural quanto religiosa, de forma igualitária. É claro que o círio possui elementos culturais, mas não se deve perder o foco que o ele é uma festa primordialmente religiosa". A adolescente radialista Gabriela Septimio possui visão semelhante, "ouço dizer que o estado cede maiores patrocínios a estes eventos também. É verdade que o governo contribui com eventos evangélicos ou espíritas algumas vezes, mas nada comparado com o que fazem com o círio". Nilton Rodolfo, estudante, músico e blogueiro evangélico ressalta: " existe o apoio do governo às celebrações evangélicas, porém é muito menor".

A mídia foi também considerada um fator ainda maior para a divulgação desnecessária do círio. " Acho que ela [ a mídia] é a principal divulgadora da festa religiosa e influenciadora de seus espectadores, sejam católicos ou não, seja isso positivo ou negativo", afirma Septimio. Glenda Ribeiro destaca: " a mídia secular sempre deu maior apoio ao círio".

Todavia, não é somente a falta de apoio do governo e da divulgação da mídia para outros eventos evangélicos que é sentido pelos jovens. " Os paraenses não são homogêneos, porém nesta época constantemente ouvirmos afirmarem que a festa é o natal dos paraenses. Somos fortemente constrangidos a interagir na festa, pois tudo gira em volta do círio, todas as atividades sociais, estudantis, governamentais. Acabamos, mesmo sem querer, envolvidos na festa", desabafa Nilton. Segundo ele, deve haver mais respeito às pessoas de credos diferentes e liberdade de convicção e crença: "Não é sábio que os evangélicos desrespeitem os católicos, mas sim que busquem evangelizar não somente neste período, mas demonstrar suas convicções no ano todo". Gabriela Septimio completa: " acredito que o povo de Deus não deve simplesmente cruzar os braços e achar 'bonitinho' a festa , mas também não agredir os católicos...devemos continuamente falar de Jesus para as pessoas e induzi-las ao puro conhecimento da verdade: a palavra de Deus e a salvação em Jesus Cristo".

Essa é Belém, não somente casa do pão, mas também de diferentes convicções e fé.

Por Victor Leonardo e Fulvio Dantas

4 Comentários:

11 de outubro de 2008 13:37

Reveste-se de muita significação este texto sobre o “Círio de Nazaré” – evento que se tornou um mito em Belém do Pará.

Os nossos irmãos católicos baseam a sua fé em Deus, através de uma imagem (imago). Consideram a imagem que vêem como “símbolo” do sagrado. Temos que ver que no tempo de Moisés aqueles nossos antigos irmãos, na ausência de seu maior líder, criaram uma imagem para centralizar ou representar a sua fé. Os Hebreus lutaram incessantemente para saber o nome desse Deus, e o que colheram simplesmente foi essa frase: “EU SOU O QUE SOU”. O que podemos concluir dessa emblemática frase, é que se estudarmos a fundo, veremos que o primeiro passo para a idolatria é a criação de um NOME. Foi assim na construção da “Torre de Babel”, quando disseram: “façamos um nome por nós mesmos”. Quando se faz um nome, uma imagem para adoração, se tenta particularizar o poder de Deus, que não pode ser objeto de projetos humanos. Ele sendo Universal, não pode ser particularizado em formas visíveis. Porque a forma visível representada por uma imagem é imutável, é fixa. E Deus é movimento, é INDIZÍVEL, e nunca do homem será definido, porque ao defini-Lo, o homem tenta aprisioná-lo entre as grades estreitas de sua mente A formação mental de uma imagem de Deus através dos séculos deu origem a uma babel de “significantes” em cada cultura. Foi da fértil imaginação humana, que resultou esta babel de imagens distribuídas na religião ocidental.
O nosso irmão Paulo, muito sabiamente, ao encontrar um túmulo com a inscrição: “AO DEUS DESCONHECIDO”, não têve nenhuma dúvida ao afirmar que aquele era o Deus verdadeiro, a quem ele adorava. Aí reside o grande segredo da emblemática resposta de Paulo: Um Deus desconhecido, é um Deus que não sabemos a sua forma, e por não sabermos a sua forma, os seus limites, não podemos fazer Dele uma imagem mental. Podemos sentí-Lo, mas nunca representá-Lo. Qualquer representação desse Deus é pura ilusão.
Nos contentemos: “ LÁ O VEREMOS FACE A FACE”.


Levi B. Santos

Acessem o www.levibronze.blogspot.com e leiam alguns textos reflexivos que postei, sobre temas bíblicos de minha autoria.

11 de outubro de 2008 16:04

O texto publicado sobre o “Círio de Nazaré” (evento que se tornou um mito em Belém do Pará), me remete a uma isenta análise.

Os nossos irmãos católicos têm uma tendência em basear a sua fé em Deus, através de uma imagem (imago). Consideram a imagem que vêem como “símbolo” do sagrado. Temos que entender que no tempo de Moisés aqueles nossos antigos irmãos, na ausência de seu maior líder criaram uma imagem para centralizar ou representar a sua fé. Os Hebreus lutaram incessantemente para saber o nome desse Deus, e o que colheram simplesmente foi essa frase: “EU SOU O QUE SOU”. O que podemos concluir dessa emblemática frase, é que se estudarmos a fundo, veremos que o primeiro passo para a idolatria é a criação de um NOME. Foi assim na construção da “Torre de Babel”, quando disseram: “façamos um nome por nós mesmos”. Quando se faz um nome, uma imagem para adoração, se tenta particularizar o poder de Deus, que não pode ser objeto de projetos humanos. Ele sendo Universal, não pode ser particularizado em formas visíveis. Porque a forma visível representada por uma imagem é imutável, é fixa. E Deus é movimento, é INDIZÍVEL, e nunca do homem será definido, porque ao defini-Lo, o homem tenta aprisioná-lo entre as grades estreitas de sua mente A formação mental de uma imagem de Deus deu origem a uma babel de “significantes” em cada cultura. Foi da fértil imaginação humana, que resultou esta babel de imagens distribuídas na religião ocidental.
O nosso irmão Paulo, muito sabiamente, ao encontrar um altar com a inscrição: “AO DEUS DESCONHECIDO”, não têve nenhuma dúvida ao afirmar que aquele era o Deus verdadeiro, a quem ele adorava. O apóstolo desvendou o grande segredo que estava embutido na sua emblemática resposta aos Atenienses: Um Deus desconhecido, é um Deus que não sabemos a sua forma, e por não sabermos a sua forma, os seus limites, não podemos fazer Dele uma imagem mental. Podemos sentí-Lo, mas nunca representá-Lo. Qualquer representação desse Deus é pura ilusão.
Nos contentemos: “ NA OUTRA VIDA O VEREMOS FACE A FACE”.


Levi B. Santos

Acessem o www.levibronze.blogspot.com e leiam alguns textos reflexivos que postei, sobre temas bíblicos de minha autoria.

Anônimo 9 de julho de 2009 18:03

Isso é um absurdo!
É incrivel, que ainda existe pessoas como você te tem esse pensamento.
Ninguém crê naquela imagem!
Imagem faz referência a mãe de Cristo ( aquela que Deus escolheu, para trazer no ventre o Salvador).
Que pensamento é esse? Ninguém adora nada, lá!
Não existe imagem de animais, como aconteceu com Moisés. Para eles é como uma foto de Maria, mãe de Cristo e escolhida de por DEUS.
Sabes qual é o significado da palavra Círio?

É por isso que o mundo esta como esta?
Pois todos ali acreditam em Deus, Jesus.

Fico pensando que tanta genta gente morre no conflito entre Israel e os Palestinos, pois ambos achassem donos daquela terra.
Os Judeus não creem em cristo, que morreu por nós!
Eles ainda estão esperando a chagada do messias , enquanto, nós estamos esperando o seu retorno.
Quem esta certo?

Amigo, Eu sou cristão...todos são cristãos.
Eu sou Evangelico, todos os cristãos são evangelicos.
eu sou crente, todos os cristãos são crentes.
Quando vocês dizem Evangelicos, e para não dizer que são protestantes.

O Cristão Católico é Envangélico, é crente, crê em Deus, em Jesus, prega a caridade , a solidariedade, busca um mundo melhor, busca o amor ao próximo.
Assim como todos os demais protestantes do mundo!

Neste tal círio, depois da procissão, deste Préstito , As familias se reunem em suas casas para o almoço. Sabes o que é isso?
É um período de alegria...pois familias se reunem na mesma mesa para celebrar.
Gente de todos os Cantos do país e até do mundo reunem-se neste dia em Belém.
Neste dia, não se têm registros de assalto e assassinato. inacreditavél!
Fico pensando, se jesus reprovaria o círio?
Fico pensando também, naqueles que falam barbaridas de Maria?
Penso assim: " - Quando alguém fala coisas improprias ou contra nossa mãe, o que geralmente sentimos? Penso, o senhor , teve uma mãe, e como tal , defende sua mãe. certo?

Por fim, vamos finalizar da seguinte forma, vamos amar o próximo. Vamos levar Paz aos que precisam.

18 de agosto de 2009 12:03

Sou estudante do curso de ciências da religião da Universidade do Estado do Pará. Estou fazendo o meu tcc, e tem como foco a relação de evangelicos com o Círio de Nazaré.

Se alguem tiver como me ajudar para que eu possa realizar minhas entrevistas, por favor entre em contato comigo pelo email:


Obrigado.

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