segunda-feira, 27 de julho de 2009

Debates acalorados marcam tramitação de proposta contra homofobia


Pastor Silas Malafaia entrega manifesto de cristãos contra o PL 122/2006 em Brasília

Na semana passada, o site oficial do Senado citou artigo deste blogueiro, escrito em 2007. Confira neste blog e na própria fonte (aqui).
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"Durante o período em que tramitou na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), o PLC 122/06, que criminaliza a homofobia, foi debatido em uma acalorada audiência pública. Nem mesmo as rosas brancas distribuídas na ocasião por militantes da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) arrefeceram a polêmica.

Presente ao debate, Ivair Augusto dos Santos, representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, defendeu a aprovação da proposta argumentando que os homossexuais convivem rotineiramente com a discriminação e a violência. A cineasta Tizuka Yamasaki, que tem um filho gay, também argumentou que a proximidade afetiva tem o poder de cortar a barreira da discriminação.

Mesmo condenando atos discriminatórios contra homossexuais, representantes de grupos católicos e evangélicos defenderam a rejeição do projeto. Para o assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Paulo Leão, além de inconstitucional, o projeto atentaria contra a liberdade de opinião. Opinião semelhante foi manifestada pelo reverendo Guilhermino Cunha, para quem a livre manifestação de afeto por homossexuais em locais públicos, como garante o projeto, feriria a Constituição e o Código Penal.
Na ocasião, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) sustentou que as desigualdades não serão superadas se as diferenças não forem encaradas com fraternidade e respeito. Para a senadora Patrícia Saboya (PSB-CE), quem discrimina homossexuais deve ser punido com rigor. Também se declararam a favor do projeto os senadores Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) e Serys Slhessarenko (PT-MT).

Contrário à aprovação do texto, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) defendeu a revisão de alguns pontos a partir de negociação entre as partes. O senador Magno Malta (PR-ES) avaliou a proposta como “draconiana”, afirmando que a mesma seria inconstitucional.

Enquanto o projeto tramita no Congresso, as manifestações favoráveis e contrárias à proposta ganharam a internet. Diversos espaços de discussão foram criados na rede mundial de computadores, entre os quais os sites do movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (https://www.naohomofobia.com.br) e o da
União de Blogueiros Evangélicos (https://ubeblog.com/2007/11/pl-1222006-votem-contra-todos-os.html)".

E.A.G.

Fonte: Silvia Gomide / Agência Senado

3 Comentários:

27 de julho de 2009 11:20

Muito boa a matéria. Vamos orar para que Deus não permita que essa lei anátema seja aprovada.

Fiquem com Deus.

João 30 de julho de 2009 14:26

Ok William

Não são crentes que estão matando gays. A Igreja Evangélica a cada dia melhora sua interação com a multiplicidade dos segmentos sociais.

Entretanto, como pesquisador do assunto, tenho pontos de discordância.

O principal deles é a pretensão de se mudar uma Constituição para tipificar como crime a crítica por "preferências sexuais" ; Isto está nos substitutivos em andamento no Senado. E "preferências sexuais" vão muito além de duas formas.

Os evangélicos durante muito tempo foram minorias no Brasil. Foram discriminados principalmente na hora de conseguir empregos. Eu mesmo passei por discriminação e humilhação dentro de empresas por ser crente.

Nem por isso os evangélicos ficaram pendurados nos cofres públicos, sob a desculpa de assassinatos - que não estão bem explicados.

Quem está matando homosexuais? Se for fazer uma estatística vai aparecer esses resultados: os próprios parceiros em primeiro lugar. Depois neonazistas e psicóticos. A propósito, matam-se muito mais mulheres neste país que gays.

Esta a lei não tem interpretação objetiva. Sua interpretação é muito subjetiva. Entre duas escolhas se eu fico com uma, exegeticamente, estou discriminando a outra.

Do jeito que estão querendo não podemos nem criticar a opção homoafetiva. Isto é criar uma casta de cidadãos com mais direitos que outros.

Todo instrumento legal que vier para restringir minha forma de expressão e pensamento, eu sou contra.

Como também sou contra humilhar gays em qualquer lugar, inclusive em Igrejas, por suas preferências.
Como também sou radicalmente contra quem assassina gays ou qualquer pessoa

Se alguém precisa de toda ajuda neste momento do país não são Gays, mas as pessoas negras. Eles além de ter sido escravos, na alforria saíram sem nenhuma indenização, nem propriedade, nem emprego. A dívida social com eles nunca foi paga. E precisar ser.

Finalizando, Perante à lei brasileira todos devemos ser iguais. Se o que está em jogo é apenas as relações civis, por que tanto interesse em mudar a constituição? Se for mudar para gays, tem que mudar para todas as minorias. Crentes, pessoas especiais, idosos, pobres, família de mortos pela polícia, vítimas de tratamento desumano em hospitais.Há uma extensa lista de discriminados.

Para casamentos homoafetivos é preciso alterar uma Constituição? Para que motivo? No fundo nós cristãos achamos que este movimento visa ter garantias legas de amparo contra críticas e garantias constitucionais para distribuir manuais de homoafetividade dentro das escolas. Se nem a Bíblia se permite, por laicismo, porque outros segmentos sociais querem term direitos superiores? Isso é o que assusta.

Então, Desde as mudanças pretendidas não venham a oprimir nem restringir a liberdade de expressão de minorias cristãs,nem o diretio de criticar, de discordar, de ensinar na minha casa e na Igreja a opção hetero para filhos e menbros de Igreja, nem desculpa para ficar pendurado em nos cofres públicos,como cidadão brasileiro, eu não tenho outras objeções.

João Guilherme 30 de julho de 2009 23:47

Essa gente tem que entender que os evangélicos não têm raiva , ódio, desprezo pelos os homossexual, o que nós condenamos é prática do homossexualismo.
Deus odeia o pecado, mas ama o pecador.
Eles estão falando que estão matando os gays, o que não é verdade, se eles quiserem saber quem está matando os gays, é só frequentar um trabalho de capelania hospitalar e fazer uma visita no setor dos aidéticos.

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